Canal da Terra
Soja: Em ano de safra recorde, BR embarca 11% mais do que em 2024 e 16% a mais do que a média no acumulado de 25

Preços seguem sustentados pela demanda forte, porém, produtor precisa estar atento ao custo do carrego e da quebra técnica de seu produto. Estratégia deve contabilizar, inclusive, possível venda agora da soja e alocação melhor dos recursos para o rendimento.

A soja brasileira continua sendo muito demandada e o mercado vem trazendo sinais importantes aos produtores. E como explica o diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira, o mercado não vem buscar o produto do Brasil somente pelas tarifas impostas sobre os EUA, “ele vem porque temos qualidade, sustentabilidade, disponibilidade, temos logística, tudo melhor e mais eficiente do que os norte-americanos”. 

Pereira detalha que o Brasil já contabiliza que já há cerca de 63 milhões de toneladas compromissadas com a exportação no acumulado de 2025, sendo este um recorde para o período, além de ser um volume maior em 11% se comparado ao do ano passado e 16% em relação à média dos últimos anos. 

Exportações de soja do BR
Gráfico: Pátria Agronegócios

“E estamos em linha estatística para ultrapassar as 110 milhões de toneladas de soja exportadas neste ano”, complementa o analista. Com esse número sendo atingido e somado a uma demanda interna de 58,4 milhões de toneladas, o Brasil poderia concluir o 2025 com estoques finais semelhantes ou até mesmo menores do que os de 2024. 

Neste cenário, o Brasil já tem pouco mais de 60% da soja 2024/25 já comercializada, com algo entre 67 e 68 milhões de toneladas ainda para ser vendida. Em números absolutos, o volume é elevado, porém, em percentual, o dado está também dentro da média. E as exportações e a demanda interna também são maiores do que as registradas no ano passado. 

Dessa forma, será importante que o sojicultor do Brasil refine suas estratégias comerciais para participar das oportunidades que o mercado vem oferecendo da melhor forma. No entanto, as atenções sobre o custo do carrego da soja, da armazenagem, da quebra técnica versus o custo do dinheiro precisam estar nestas estratégias para se defina o melhor caminho.  

Fonte: Notícias Agrícolas

Exportações do agro somam US$ 15,03 bilhões em abril

União Europeia amplia compra de produtos do agro

As exportações brasileiras do agronegócio alcançaram US$ 15,03 bilhões em abril de 2025, segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O montante representa um crescimento de 0,4% em relação ao mesmo mês de 2024, resultado da combinação entre valorização internacional de alguns produtos e leve retração no volume total embarcado.

A soja em grãos permaneceu como principal item da pauta exportadora, com 15,27 milhões de toneladas embarcadas — o segundo maior volume já registrado para o mês de abril. No entanto, o valor arrecadado com as exportações do grão totalizou US$ 5,9 bilhões, afetado pela queda de 9,7% no preço médio por tonelada.

“O desempenho da soja foi influenciado por preços internacionais mais baixos, apesar do forte volume exportado”, informou o Mapa. Em contrapartida, produtos como café verde e celulose tiveram papel relevante na sustentação da receita geral. O café verde alcançou US$ 1,25 bilhão, maior valor já registrado para abril, impulsionado pela valorização do grão no mercado externo.

A China permaneceu como principal destino dos produtos do agronegócio brasileiro, com US$ 5,5 bilhões em aquisições no mês, sendo mais de 75% desse valor oriundo das compras de soja. A União Europeia ocupou a segunda posição, com US$ 2,2 bilhões em importações, com destaque para itens de maior valor agregado, como café solúvel, óleo essencial de laranja e carne de frango.

Além dos produtos tradicionais, outros itens apresentaram desempenho recorde. O óleo de milho somou US$ 55,3 milhões em exportações, o maior valor já registrado. A madeira compensada alcançou 145,5 mil toneladas embarcadas, maior volume da série histórica para abril. As miudezas de carne bovina, com novos mercados como o Marrocos, atingiram 21,3 mil toneladas. O sebo bovino somou 35,6 mil toneladas exportadas. Já os bovinos vivos, voltados principalmente à reprodução, atingiram valor recorde de US$ 61,8 milhões, com destaque para a demanda da Turquia.

O Mapa afirma que, por meio da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, esses resultados refletem a política de fortalecimento da presença internacional do agro brasileiro. O desempenho de abril é fruto de um esforço conjunto entre o Mapa, MRE e o setor produtivo para consolidar o Brasil como fornecedor confiável de alimentos ao mundo.

Fonte: Agrolink.com.br

Mapa define calendário do vazio sanitário da soja para safra 2025/26

Em Roraima, período inicia em 19 de dezembro de 2025

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou nessa segunda-feira (5) a Portaria SDA/MAPA nº 1.271, que define os períodos de vazio sanitário e o calendário de semeadura da soja para a safra 2025/2026 em todo o país. A medida tem como objetivo reforçar o controle da ferrugem asiática, considerada a principal doença que afeta a cultura da soja no Brasil.

Em Roraima, o vazio sanitário foi estabelecido de 19 de dezembro de 2025 a 18 de março de 2026. Durante esse intervalo, fica proibido o cultivo e a manutenção de plantas vivas de soja em qualquer fase de desenvolvimento. A restrição busca impedir a sobrevivência do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática e identificado no estado em 2021, evitando a propagação da doença para a próxima safra.

Já o calendário de semeadura no estado foi fixado entre 19 de março e 26 de junho de 2026. O plantio fora desse período não será permitido, conforme determina a portaria.

A fiscalização ficará sob responsabilidade da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr) e da Superintendência Federal da Agricultura, que poderão aplicar sanções em casos de descumprimento. A íntegra da portaria está disponível na edição nº 82 do Diário Oficial da União.

Fonte:folhabv.com.br

Brasil registra maior volume de soja exportada para a China

Desempenho reforça o protagonismo do Brasil no mercado global de soja

As exportações brasileiras de soja atingiram um patamar histórico em março de 2025, com destaque para a forte demanda chinesa. Segundo informações do boletim informativo do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a China importou 11,14 milhões de toneladas do grão brasileiro no mês — o maior volume já registrado para março. O número representa um salto expressivo de 122,67% em relação a fevereiro e um avanço de 23,97% na comparação com o mesmo período de 2024.

Esse desempenho reforça o protagonismo do Brasil no mercado global de soja, especialmente em meio a um cenário internacional de incertezas. O relatório do Imea também revela que os Estados Unidos, principal concorrente do Brasil nesse mercado, exportaram apenas 1,80 milhão de toneladas para a China em março. Apesar de ser um crescimento de 2,22% na comparação anual, o volume ainda é significativamente inferior ao brasileiro.

De acordo com o boletim, os embarques norte-americanos ainda não refletem completamente os impactos das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. A expectativa é de que esse conflito tarifário ganhe força a partir da próxima safra, o que pode abrir ainda mais espaço para o Brasil ampliar sua fatia no comércio internacional do grão.

As projeções para abril seguem otimistas. O Imea destaca que, até o nono dia útil do mês, o ritmo médio diário de embarques brasileiros está 110,24 mil toneladas acima do registrado em abril de 2024. A tendência é de manutenção do volume elevado, puxado sobretudo pela demanda da China, que deve continuar sendo o principal destino da soja brasileira.

O cenário atual também reacende o debate sobre investimentos em infraestrutura portuária e armazenagem para sustentar esse ritmo crescente nos próximos anos.

Fonte:agrolink.com.br

Exportação de soja no Brasil tem alta de 8,6% na média diária de abril

A exportação de soja do Brasil saltou para 724,8 mil toneladas em abril, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), divulgados nesta terça-feira (22). O aumento foi de 8,6% na média diária até a terceira semana de abril ante o mesmo mês completo de 2024.

 Com isso, os embarques somaram até o final da terceira semana 9,4 milhões de toneladas.

 O total obtido em receitas com os embarques indica queda de 1,1% devido a uma redução de quase 9% no preço médio.

Caso a média de embarques se mantenha, as exportações totais devem ficar próximas dos volumes registrados no mesmo mês do ano passado, quando o Brasil exportou 14,7 milhões de toneladas, segundo dados da Secex.

 A secretaria também registrou queda de 26,5% na média diária de embarques de café verde, para cerca de 8,5 mil toneladas por dia, além de redução de 32% para o açúcar na mesma comparação, para 58,4 mil toneladas diárias (Reuters, 22/4/25)

Fonte:brasilagro.com.br

Chuvas acima da média antecipam plantio de soja em Roraima

De acordo com o presidente da Aprossoja-RR, Murilo Ferrari, o cenário atípico trouxe umidade suficiente ao solo

O volume de chuvas registrado no fim de março e início de abril em Roraima surpreendeu produtores rurais ao ultrapassar a média histórica para o período. De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprossoja-RR), Murilo Ferrari, o cenário atípico trouxe umidade suficiente ao solo. Isso já permite o início do plantio da soja em algumas regiões do estado.

“Observamos um começo de abril com chuvas fora da curva do que estamos acostumados, fora da normalidade. Isso já cria condições favoráveis para o plantio. Alguns produtores já começaram a plantar, apostando nessa umidade e nas previsões futuras”, afirmou Ferrari.

Dados registrados pela estação automática do Inmet, mostra que em abril de 2025 já choveu 183,2mm em Boa Vista. Além disso, a previsão para trimestre abril, maio e junho é de chuvas acima da normal climatológica no centro-norte de Roraima.

Apesar do início antecipado por parte de alguns agricultores, a maioria ainda aguarda a consolidação das previsões climáticas para depois do dia 15 de abril. A preocupação gira em torno da possibilidade de um veranico. Esse é um período de estiagem breve que costuma ocorrer entre o fim de abril e o começo de maio.

Perspectivas para a Safra 2025

Segundo Ferrari, a chegada adiantada das chuvas em 2025 também antecipou a janela de plantio, o que pode beneficiar o ciclo produtivo da soja. “Isso significa que vamos conseguir plantar mais cedo e, consequentemente, fugir da janela crítica entre o meio e o fim de agosto, quando porventura as chuvas cessam. Isso pode viabilizar uma safrinha ou a formação de palhada para o próximo ciclo”.

A expectativa é de que, com a manutenção do clima favorável, os produtores consigam aproveitar ao máximo o potencial da safra deste ano. Isso deve ampliar a produtividade da soja em Roraima.

Fonte:folhabv.com.br

Produção agropecuária brasileira deve atingir R$ 1,42 trilhão em 2025, com alta de 10,1%

Estimativa do Ministério da Agricultura aponta expansão tanto na agricultura quanto na pecuária, com destaque para o café e a bovinocultura

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária brasileira está projetado para alcançar R$ 1,421 trilhão em 2025, o que representa um crescimento de 10,1% em relação ao estimado para 2024. A projeção, divulgada no boletim mensal da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, eleva a estimativa anterior, feita em março, de R$ 1,414 trilhão.

Para 2024, o ministério também revisou sua previsão: de R$ 1,274 trilhão para R$ 1,291 trilhão — um avanço de 0,5% na comparação com o ano anterior. O VBP representa o faturamento bruto dos estabelecimentos rurais e é calculado com base na produção agrícola e pecuária e na média dos preços recebidos pelos produtores em todo o país.

Agricultura representa dois terços do total

Do total projetado para 2025, cerca de R$ 943,4 bilhões devem ser provenientes das lavouras, correspondendo a 66% do valor geral e um incremento de 9,6% sobre o resultado estimado para 2024. Já a pecuária deverá responder por R$ 477,7 bilhões — o equivalente a 34% do total — com alta prevista de 11,1%.

Segundo o levantamento, em 2024 a agricultura sofreu retração de 3,2%, enquanto a pecuária registrou crescimento de 8,4%.

Café e cacau lideram crescimento nas lavouras

Entre as culturas agrícolas, o maior destaque é o café, com expectativa de crescimento de 43,2% no VBP, atingindo R$ 123,3 bilhões em 2025. O cacau também deve apresentar forte desempenho, com alta de 24,6% e valor bruto projetado de R$ 14,1 bilhões.

A soja, principal cultura do país em valor absoluto, deverá registrar avanço de 9,1%, totalizando R$ 332 bilhões. O milho, por sua vez, deve gerar um VBP de R$ 148,8 bilhões, com crescimento de 16,4%.

Outras culturas com previsão de crescimento incluem a cana-de-açúcar (alta de 3,9%, para R$ 127,5 bilhões), a laranja (alta de 12,8%, para R$ 32,6 bilhões) e o algodão (aumento de 0,6%, para R$ 35 bilhões).

Por outro lado, espera-se queda no faturamento bruto de lavouras como arroz e trigo. O VBP do arroz deve recuar 8,7%, alcançando R$ 23,2 bilhões, enquanto o do trigo deve cair 7,5%, totalizando R$ 9,9 bilhões.

Bovinocultura lidera alta na pecuária

Na pecuária, o maior avanço é projetado para a bovinocultura, com incremento de 20,3% e valor estimado em R$ 205,7 bilhões. A atividade permanece como a principal fonte de receita dentro do segmento.

A suinocultura também deve crescer, com alta de 7,7% no VBP, alcançando R$ 61,1 bilhões. A produção de frango tem avanço previsto de 6%, chegando a R$ 113,6 bilhões. Já a produção de leite deve gerar receita de R$ 69,2 bilhões, com crescimento mais moderado, de 1%. A avicultura de postura, por sua vez, deve apresentar aumento de 6,2%, atingindo R$ 28,1 bilhões.

As estimativas do VBP são atualizadas mensalmente pelo Ministério da Agricultura, com base em dados de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e nos preços coletados em fontes oficiais. O levantamento contempla 19 cadeias produtivas da agricultura e cinco atividades da pecuária.

Fonte: Portal do Agronegócio

Vazio sanitário da soja é encerrado em Roraima; plantio pode começar em 19 de março

Produtores estão autorizados a iniciar a semeadura para a safra de 2025, após período de controle da ferrugem asiática

O vazio sanitário da soja em Roraima foi oficialmente encerrado, permitindo que os produtores iniciem o plantio a partir de 19 de março. A medida, estabelecida pela Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr) por meio da Portaria nº 1618, publicada em 15 de setembro de 2023, tem como objetivo combater a ferrugem asiática, doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.

O período de plantio se estenderá até 26 de junho, conforme o cronograma oficial. Caso haja mudanças, a Secretaria de Defesa Agropecuária comunicará os produtores. O presidente da Aderr, Marcelo Parisi, destacou que Roraima deve ultrapassar 130.000 hectares de soja plantada, com potencial de superar 200.000 hectares ao incluir culturas como arroz, feijão e milho.


“O Estado vem crescendo exponencialmente nesses cultivos, o que gera aumento de emprego e renda para a população. A Agência tem atuado de forma estratégica para garantir a sanidade das lavouras e contribuir para o desenvolvimento sustentável do campo”, afirmou Parisi. Ele ressaltou que, com o fim do vazio sanitário, os produtores estão livres para iniciar o plantio, aguardando apenas condições climáticas favoráveis.

O Programa de Controle da Ferrugem Asiática, lançado em junho de 2022, permitiu a criação de um cadastro de todos os produtores de soja no estado, facilitando o monitoramento e o controle da doença. A iniciativa é uma exigência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O que é o vazio sanitário?
O vazio sanitário é um período em que é proibido cultivar ou manter plantas de soja, com o objetivo de interromper o ciclo de vida do fungo causador da ferrugem asiática. Segundo a Embrapa, a estratégia ajuda a reduzir a propagação da doença e minimizar os danos à produtividade.

Marcos Prill, diretor de Defesa Vegetal da Aderr, explicou que a ferrugem asiática causa desfolha precoce da planta, prejudicando a formação dos grãos e reduzindo a produtividade. “O controle com agrotóxicos tem se mostrado eficaz, mas o uso contínuo pode favorecer o desenvolvimento de resistência do fungo”, alertou.

Ferrugem asiática em Roraima
A doença foi identificada no Brasil em 2001 e oficialmente detectada em Roraima em 2021, após análise do Ministério da Agricultura. A ferrugem asiática foi registrada em propriedades nos municípios de Alto Alegre e Iracema, durante inspeções de rotina realizadas pela Aderr.

“Estamos preparados para adotar todas as medidas necessárias para combater a praga”, afirmou Parisi, reforçando o compromisso da agência em garantir a sanidade das lavouras e o desenvolvimento sustentável do setor agrícola no estado.

Fonte: folhabv.com.br

Produção de grãos na safra 2024/25 é de 328,3 milhões de toneladas, aponta Conab

Dados são do 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela Conab na manhã desta quinta-feira; destaque para os números da soja

A estimativa para a produção de grãos na safra 2024/25 foi atualizada e está em 328,3 milhões de toneladas, aumento de 10,3% em comparação com o volume obtido no ciclo anterior, representando um acréscimo de 30,6 milhões de toneladas a serem colhidas.

Os dados são do 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na manhã desta quinta-feira (13).

Segundo a Companhia, o resultado reflete um aumento na área plantada, estimada em 81,6 milhões de hectares, como na recuperação na produtividade média das lavouras, projetada em 4.023 quilos por hectare. Caso o panorama se confirme, este será um novo recorde para a produção na série histórica.

Soja

A 1° safra de soja tem estimativa de produção de 167,4 milhões de toneladas, 13,3% superior à safra passada. Após o início de colheita mais lento, devido a atrasos no plantio e excesso de chuvas em janeiro, a redução das precipitações em fevereiro propiciou um grande avanço na área colhida.

De acordo com a Conab, nesta semana, a colheita se encontra em 60,9% da área, superior ao registrado no mesmo período na temporada anterior, dentro da média dos últimos 5 anos, como indica o Progresso de Safra publicado pela Companhia.

Os rendimentos obtidos até o momento têm superado as expectativas iniciais em estados produtores, como Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Por outro lado, no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso do Sul, a irregularidade e a ausência de precipitações já afetou o potencial produtivo da cultura em quase todo o estado.

Milho

O plantio do milho 2ª safra atinge 83,1% da área prevista. O índice está abaixo do registrado no último ciclo em período semelhante, porém mais alto do que a média dos últimos 5 anos. A expectativa da Conab é que haja um crescimento da área da 2ª safra do cereal em 1,9%, chegando a aproximadamente 16,75 milhões de hectares.

As condições climáticas até o momento são favoráveis e se estima uma recuperação na produtividade média nas lavouras, estimada em 5.703 quilos por hectares. Com isso, a produção na 2ª safra do grão está projetada em 95,5 milhões de toneladas, aumento de 5,8% em relação à 2023/24. Este bom desempenho influencia na estimativa esperada para a produção total de milho de 122,8 milhões de toneladas, crescimento de 6,1%.

Arroz

A Conab verifica um aumento na área plantada em 6,5%, chegando a 1,7 milhão de hectares. As boas condições climáticas vêm favorecendo as lavouras, permitindo uma recuperação de 7,3% na produtividade média das lavouras, estimada em 7.063 quilos por hectare. Mantendo-se as condições atuais, a estimativa para a produção neste levantamento passa para 12,1 milhões de toneladas.

Os índices de colheita se apresentam superiores ao mesmo período da safra passada em quase todos os principais estados produtores, apenas Tocantins o ritmo de colheita se encontra em percentual um pouco abaixo do ciclo passado.

Mercado de arroz

A entrada da safra no mercado mantém a tendência de baixa nos preços pagos aos produtores. O aumento de produção estimado pela Companhia garante o abastecimento interno e possibilita uma recuperação nos estoques de passagem do produto mesmo com a expectativa de aumento nas exportações do grão.

Estima-se que as vendas de arroz brasileiro ao mercado externo cheguem a 2 milhões de toneladas, e que o estoque de passagem ao final da safra 2024/25 apresente recuperação, com um volume estimado de 1,4 milhão de toneladas ao final de fevereiro de 2026.

Feijão

A leguminosa deverá registrar um ligeiro aumento na produção total de 1,5% na safra 2024/25, estimada em 3,29 milhões de toneladas. O resultado é influenciado principalmente pela expectativa de uma leve melhora na produtividade média das lavouras, uma vez que a área destinada para o feijão se mantém praticamente estável.

Algodão

A expectativa da Conab é de aumento na área semeada, em cerca de 2 milhões de hectares, incrementando a produção. A perspectiva é de uma boa produtividade média nas lavouras, podendo ser a terceira maior já registrada na série histórica perdendo apenas para os últimos dois ciclos. Caso o cenário se confirme, a estimativa é que se colha 3,82 milhões de toneladas da pluma, um novo recorde para o país.

Fonte:canalrural.com.br

Roraima prevê produtividade recorde de até 8.000 kg de arroz por hectare

Seadi inicia relatório com expectativa de superar média histórica; 75% da produção abastecerá mercado local.

A Seadi (Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação) deu início esta semana à elaboração do relatório da safra de grãos 2025, com foco na produção de soja, arroz e milho. Os números preliminares apontam melhor desempenho, especialmente no cultivo de arroz, que deve alcançar uma produtividade recorde de até 8.000 kg por hectare, superando a média histórica do Estado.

Durante visitas técnicas a propriedades rurais, como a Fazenda Paraíso, do produtor e presidente da Associação de Rizicultores de Roraima, Genor Faccio, foram coletados dados para a safra.

“Estamos na metade da colheita, e a expectativa é superar a média histórica. O clima tem sido favorável, e o controle de pragas e doenças no momento certo garantiu um bom andamento da produção”, afirmou Faccio. Ele destacou ainda que, pelo terceiro ano consecutivo, o arroz de sequeiro será cultivado em rotação com a soja, ocupando pelo menos 900 hectares em sua propriedade.

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Enquanto no passado 75% do arroz cultivado em Roraima era enviado para Manaus, hoje esse mesmo percentual abastece o mercado local. Os 25% restantes seguem para Manaus e Venezuela, consolidando Roraima como um importante fornecedor regional.

O engenheiro agrônomo Jefferson Hara ressaltou que as condições edafoclimáticas de Roraima são ideais para o cultivo de arroz, especialmente em áreas irrigadas. “O clima desta safra foi extremamente favorável, e os produtores demonstraram alta eficiência em todas as etapas, desde o planejamento até a comercialização”, explicou

A produtividade média da safra de verão de 2025 deve variar entre 7.500 e 8.000 kg por hectare, um marco histórico para o Estado. Esse resultado é fruto da combinação de fatores como clima propício, solo adequado e a expertise dos produtores, que se aperfeiçoaram ao longo dos anos para enfrentar os desafios da cadeia produtiva.

Fonte:folhabv.com.br