Canal da Terra
Roraima descobre maior concentração de terras raras do mundo

As análises revelam números impressionantes. Foram encontradas concentrações recordes de európio (2.890 PPM), neodímio (1.090 PPM), ítrio (1.600 PPM) e itérbio (160 PPM) — índices entre 10 e 50 vezes maiores que os depósitos convencionais, colocando Roraima em posição de destaque absoluto no cenário mineral global

Roraima pode entrar para a história como um novo marco da mineração mundial. No município de Caracaraí, foi identificado o Complexo Minerário Barreira, apontado por estudos geológicos como a maior concentração de terras raras já registrada no planeta. A área tem mais de 100 mil hectares e abriga, de forma inédita, três categorias de minerais estratégicos: terras raras, metais do grupo da platina (PGMs) e minerais críticos.

As análises revelam números impressionantes. Foram encontradas concentrações recordes de európio (2.890 PPM), neodímio (1.090 PPM), ítrio (1.600 PPM) e itérbio (160 PPM) — índices entre 10 e 50 vezes maiores que os depósitos convencionais, colocando Roraima em posição de destaque absoluto no cenário mineral global.

O que são terras raras?

Chamadas de “ouro do século XXI”, as terras raras são um grupo de 17 elementos químicos fundamentais para a tecnologia moderna. Estão presentes em smartphones, computadores, televisores, carros elétricos, turbinas eólicas, painéis solares e até em sistemas de defesa militar.

No Complexo Barreira, o európio é usado na produção de telas de LED; o neodímio, em ímãs superpotentes para motores e geradores; o ítrio, em supercondutores e lasers; e o itérbio, em fibras ópticas e sistemas de comunicação avançados.

Além das terras raras

O complexo também guarda metais preciosos do grupo da platina, como irídio (21 PPM)ródio (0,390 PPM) e paládio (5,9 PPM) — todos fundamentais para a indústria automotiva, médica e de energia limpa. Além disso, foram encontrados minerais críticos como gálio, vanádio, tântalo, nióbio, tungstênio, rubídio e rênio, além de uma concentração expressiva de 9% de potássio, importante para a agricultura.

Geopolítica e soberania

Atualmente, a China responde por cerca de 70% da produção mundial de terras raras, criando dependência para outras economias. O Complexo Barreira surge como alternativa estratégica, com potencial para quebrar essa hegemonia.

O governo federal já sinalizou apoio irrestrito ao projeto, que conta com a participação de professores do curso de Geologia da Universidade Federal de Roraima (UFRR), além da supervisão da Agência Nacional de Mineração (ANM), da Polícia Federal e de órgãos ambientais. O empreendimento está localizado a mais de 60 km de áreas indígenas e 50 km de áreas de preservação, minimizando riscos socioambientais.

Impacto econômico

O Brasil possui 19% das reservas conhecidas de terras raras, mas responde por menos de 0,1% da produção mundial. O Complexo Barreira pode mudar esse cenário e transformar o país em um dos principais fornecedores globais, gerando bilhões em receitas anuais e milhares de empregos.

Um marco para o futuro

Os pesquisadores apontam que a descoberta coloca Roraima no centro da mineração mundial e pode consolidar o Brasil como ator estratégico na transição energética e tecnológica global. O projeto é visto como um exemplo de como a mineração pode ser feita de forma responsável, unindo ciência, desenvolvimento econômico e sustentabilidade.

Fonte:Folhabv.com.br

Linhão de Tucuruí deve entrar em fase de testes dia 8 de setembro

Entre 18 e 22 de agosto, técnicos da Aneel realizaram inspeções em campo para verificar o estágio final da implantação.

A conexão elétrica de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN) está prevista para começar em 8 de setembro, com o início dos testes de energização da linha de transmissão construída pela Transnorte Energia, informou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Entre 18 e 22 de agosto, técnicos da Aneel realizaram inspeções em campo para verificar o estágio final da implantação.

A fiscalização acompanhou a construção das subestações e avaliou trechos da linha de transmissão, incluindo cerca de 120 km que passam pela Terra Indígena Waimiri Atroari.

De acordo com a agência, os trabalhos de comissionamento estão na reta final, o que deve viabilizar os testes e a entrada em operação no próximo mês.

O empreendimento inclui 724 quilômetros de linhas e três subestações — Lechuga (AM), Equador (RR) e Boa Vista (RR).

A operação permitirá substituir a geração local a diesel pela importação de energia do SIN, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis e as emissões de gases de efeito estufa (GEE).

A obra é considerada estratégica para o fornecimento de eletricidade no estado, o único do país ainda fora do sistema interligado. Hoje, cerca de 120 caminhões-tanque circulam diariamente entre Manaus e Boa Vista para abastecer as usinas térmicas.

A interligação trará mais confiabilidade ao suprimento de energia em Roraima e maior estabilidade para o sistema elétrico da região Norte.

Fonte:Roraima1.com.br

Soja registra alta no Brasil e em Chicago; vendas ganham ritmo com dólar valorizado

Recuperação de preços impulsiona comercialização no Brasil

A semana foi marcada pela valorização da soja tanto no mercado brasileiro quanto na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Apesar da redução nos prêmios, a alta do dólar ajudou a movimentar os negócios, principalmente em vendas antecipadas.

O mercado disponível apresentou movimentação mais moderada. Produtores, que já aproveitaram a recente reação das cotações, adotaram postura cautelosa, aguardando preços ainda mais favoráveis.

No cenário nacional, os preços da saca de 60 quilos subiram em várias regiões:

  • Passo Fundo (RS): de R$ 131,00 para R$ 135,50
  • Cascavel (PR): de R$ 131,00 para R$ 138,00
  • Rondonópolis (MT): de R$ 120,00 para R$ 129,00
  • Porto de Paranaguá (PR): de R$ 136,00 para R$ 141,00
Valorização em Chicago impulsionada pelo óleo de soja

Na CBOT, os contratos de soja com entrega em novembro, os mais negociados, avançaram 1,44%, cotados a US$ 10,57 1/2 por bushel na manhã da sexta-feira (22). A maior parte do ganho ocorreu na quinta-feira (21), quando a posição subiu cerca de 2%, refletindo o salto de 5% nos preços do óleo de soja.

Apesar da valorização recente, o cenário segue baixista para os contratos em Chicago. A tradicional crop tour do Profarmer indicou bom potencial produtivo, mas participantes do mercado apontam que os números do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) podem estar superestimados. Outro fator de atenção é a demanda chinesa mais fraca pela soja americana.

China aumenta importações de soja brasileira

Em julho, a China importou 10,39 milhões de toneladas de soja do Brasil, alta de 13,9% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Administração Geral da Alfândega. O crescimento reflete maior oferta da safra brasileira e preocupações com a guerra comercial com os Estados Unidos.

No acumulado de 2025, as compras chinesas da soja brasileira somam 42,26 milhões de toneladas, 3% inferiores ao mesmo período do ano anterior. Já as importações da soja americana totalizam 16,57 milhões de toneladas, avanço de 31,2% frente ao ano passado, mas com retração em abril, quando as compras recuaram 11,5% em relação a igual mês de 2024.

Pressão sobre produtores americanos

A China tem priorizado a soja brasileira, o que preocupa produtores americanos. Em 2023/24, o país comprou 54% da soja exportada pelos EUA, equivalentes a US$ 13,2 bilhões. A American Soybean Association alertou que agricultores enfrentam forte pressão financeira devido à queda de preços e ao aumento dos custos de produção.

Produtores americanos pedem ao governo de Donald Trump a assinatura de um acordo com a China para garantir compras da nova safra, diante da ausência de contratos antecipados. A entidade ressalta que a falta de acordo até o outono poderá agravar os impactos financeiros sobre o setor.

Fonte: Portal do Agronegócio

AgroBV movimenta mais R$ 100 milhões em negócios

Movimento intensifica a circulação de recursos, fortalece cadeias produtivas e contribui para o crescimento sustentável do campo e da cidade

Foto: Divulgação PMBV

Com a participação de agricultores, pecuaristas, empresários de vários segmentos e instituições financeiras, a AgroBV 2025 resultou em mais R$ 100 milhões em volume de negócios gerados durante quatro dias (31 de julho a 3 de agosto) no Centro de Difusão Tecnológica (CDT), localizado na zona rural de Boa Vista, região do Bom Intento. Com isso, o Maior Evento do Agro de Roraima se consolida como um ambiente propício para fechar vendas e divulgar produtos e serviços do setor.

O volume total foi de R$ 101.216.450,00 em negócios fechados e prospectados. Máquinas e implementos agrícolas estão entre os mais procurados pelos clientes, atingindo o montante de R$ 22,32 milhões, seguido pela comercialização de sementes, fertilizantes e defensivos agrícolas, que atingiram o valor de R$ 21,5 milhões.

Esse movimento intensifica a circulação de recursos, fortalece cadeias produtivas e contribui para o crescimento sustentável do campo e da cidade, segundo o secretário de Agricultura e Assuntos Indígenas, Cezar Riva. Além disso, ele ressalta que a AgroBV disponibiliza oportunidades de mercado para agricultores e empresários, ampliando possibilidades de renda e geração de emprego no município.

“O evento é uma vitrine para produtores e empresários e, ao mesmo tempo, mostra o trabalho da prefeitura no setor agrícola da nossa capital. Durante os dias de AgroBV, foram confirmadas vendas de tratores e implementos, caminhões, camionetes, pás carregadeiras, escavadeiras, dentre outros insumos. Atingimos a marca de mais de R$ 100 milhões no volume de negócios fechados, confirmando o sucesso do evento nesta edição”, disse.

Feira trouxe oportunidades de negócio

Entre os expositores, estiveram empresas com tratores, colheitadeiras, dentre outros implementos agrícolas, caminhões, máquinas pesadas, equipamentos tecnológicos como drones e sistemas de energia solar, pivôs de irrigação, animais, apresentação de cultivares no campo experimental, além de instituições de ensino e financeiras. Matheus Albuquerque, gerente da empresa Jumasa afirma que esta edição da AgroBV foi gratificante, pois gerou grandes oportunidades de negócios.

“Temos segmentos tanto na parte agrícola, quanto na linha de construção. Registramos uma grande procura por tratores agrícolas, empilhadeira e a pá carregadeira“, contou.

Neste ano, o evento contou com a participação de 84 empresários. Eles tiveram a oportunidade de expor produtos, inovações e tecnologias do mercado para melhorar a produção no campo. Durante os quatro dias de programação, cerca de 75 mil pessoas prestigiaram a edição AgroBV. Elas acessaram conhecimentos, experiências e contato com o que há de mais atual no setor agrícola.

Os visitantes puderam conhecer de perto o campo experimental, com uma área de 26 hectares plantados. 

Os talhões compreenderam 16 cultivares de soja, 21 híbridos de milho, 2 espécies de sorgo e 2 de girassol, além de batata-doce e macaxeira. Além disso, o público prestigiou também, o famoso Campo de Girassóis. Ele preenche uma área de 6 hectares, onde puderam eternizar o momento em vídeos e fotografias.

A AgroBV 2025 chegou ao fim, contudo quem ainda não visitou o campo de girassóis tem até o dia 10 de agosto para apreciar a paisagem, além de aproveitar a oportunidade para registrar lindas fotografias.

O Centro de Difusão Tecnológica (CDT), está na região do Bom Intento, zona rural de Boa Vista. De acordo com a Prefeitura, ele segue aberto ao público, das 8h às 17h, recebendo visitantes, dentre eles, integrantes de projetos sociais da prefeitura e alunos da rede municipal de ensino.

Fonte: Folhabv.com.br

Colheita de soja em 2025 deve movimentar mais de R$ 900 milhões em Roraima, estima associação

Colheita 2025 começou em julho e a expectativa é de produção de 430 mil toneladas. Evento oficial da colheita está marcado para os dias 8 e 9 de agosto.

A colheita da soja em 2025 deve movimentar mais de R$ 900 milhões em Roraima. O estado tem plantações do grão em propriedade de 8 municípios, que iniciaram a colheita da safra em julho. A estimativa de lucro é da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Roraima (Aprosoja), que representa os produtores do estado.

O evento oficial da colheita está marcado para os dias 8 e 9 de agosto. Em reunião nesta quinta-feira (16), o diretor-presidente da Aprosoja, Murilo Ferrari, convidou a Rede Amazônica para fazer a cobertura do evento.

🌾 A estimativa é baseada em uma média de 55 sacas por hectare, com uma área plantada de 132 mil hectares ao todo, um aumento de 16 mil hectares em relação ao ano passado.

“Com base na produtividade histórica do ano anterior, esperamos colher aproximadamente 430 mil toneladas de soja”, explicou o diretor-presidente da Aprosoja-RR, Murilo Ferrari.

Murilo explica que, da produção de Roraima, cerca de 40% é processada no estado, algo em torno de 170 mil toneladas. O restante é levado para o restante do Brasil.

De acordo com Murilo, além da capital, Boa Vista, a produção se espalha pelos municípios de Alto Alegre, Cantá e Bonfim, no Norte de Roraima e Mucajaí, Caracaraí, Rorainópolis e São João da Baliza, ao Sul.

“Enquanto o cenário nacional é de retração nos investimentos, Roraima segue em crescimento. O estado se firma como nova fronteira agrícola”, destacou Murilo.A Abertura Oficial da Colheita da Soja no Cerrado de Roraima – Safra 2025 acontece nos dias 8 e 9 de agosto, promovida pela Aprosoja-RR em parceria com a Faerr e o Governo de Roraima.

A programação começa na noite do dia 8, às 19h, com uma palestra do pesquisador Dr. Daniel Barcelos Vargas, da UFRR, sobre produção tropical de alimentos e desenvolvimento nacional.

No dia seguinte, 9 de agosto, a partir das 8h, o evento continua na Fazenda Ouro Verde, localizada na RR-206, zona Rural de Alto Alegre, com visitação aos estandes de patrocinadores, colheita simbólica da soja e um almoço oferecido a todos os visitantes.

Fonte:G1rr

Safra 2024/25: soja alcança recorde histórico e segunda safra de milho surpreende

Produtividade eleva soja a 168,75 milhões de toneladas

A mais recente atualização da StoneX projeta a produção nacional de soja em 168,75 mi t, volume inédito no país. O incremento — pouco mais de 500 mil t em relação ao relatório anterior — decorre, sobretudo, do ganho de rendimento na Bahia, agora estimado em 4,08 t/ha. A produtividade média brasileira subiu para 3,57 t/ha, consolidando o recorde.

Milho verão recua ligeiramente

Para o milho de primeira safra, a StoneX ajustou a produção para 25,6 mi t. A retração é atribuída à queda de produtividade no Piauí, não compensada pelo avanço no Tocantins. Ainda assim, o analista Raphael Bulascoschi lembra que a redução decorre de menor área cultivada, pois a produtividade média nacional melhorou.

Segunda safra de milho avança e puxa produção total

Os números do milho safrinha foram novamente revisados para cima: de 106,1 para 108,2 mi t. Ganhos de rendimento em Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Tocantins elevaram a média a 6,17 t/ha. Somando a terceira safra (pouco mais de 2 mi t), a produção total de milho 24/25 atinge 136,1 mi t.

Demanda interna: soja estável, milho em leve alta
  • Soja: consumo doméstico permanece em 60 mi t e exportações em 107 mi t, o que eleva os estoques finais para 4,95 mi t.
  • Milho: o uso interno sobe de 89 para 89,5 mi t, impulsionado pela produção de etanol, enquanto as exportações seguem projetadas em 42 mi t.
Radar do mercado mira exportações e safra norte‑americana

Com os ajustes de produção, a atenção agora se volta ao ritmo dos embarques brasileiros de milho nos próximos meses. A StoneX ressalta que o desempenho da safra norte‑americana 2025/26 será decisivo para definir a competitividade do Brasil nos mercados internacionais.

Fonte: Portal do Agronegócio

Safra recorde de grãos deve chegar a 336,1 milhões de toneladas

Com a colheita já encerrada, a produção de soja foi estimada em 169,6 milhões de toneladas, um recorde na série histórica da Conab — Foto: Wenderson Araujo/CNA

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou novamente sua estimativa para a produção nacional de grãos e fibras em 2024/25, para o recorde de 336,1 milhões de toneladas, segundo projeções divulgadas nesta quinta-feira (12/6).

“Mesmo com problemas climáticos, o Brasil terá a maior safra histórica de grãos, com destaques para soja e milho, que já terminaram as colheitas”, disse Edegar Pretto, presidente da Conab, reforçando que as estimativas iniciais estão se confirmando.

O previsto deverá representar um crescimento de 13% em relação à temporada anterior, o que equivale a um acréscimo de 38,6 milhões de toneladas.

De acordo com a Conab, o bom desempenho refletiu melhores produtividades das lavouras, que devem alcançar a média de 4.108 quilos por hectare, e pela expansão da área plantada, estimada em 81,8 milhões de hectares, 2,3% acima da safra passada.

Dentre os produtos cultivados, o milho, principal cultura da segunda safra, destacou-se no novo levantamento, cuja produção foi projetada em 128,3 milhões de toneladas. Apenas na segunda safra do cereal, a expectativa é de colheita de 101 milhões de toneladas, crescimento de 12,2% frente ao mesmo período de 2023/24.

A colheita do milho já começou em Estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Tocantins e Maranhão. De acordo com a Conab, as boas condições climáticas ao longo do ciclo e o manejo eficiente adotado pelos produtores explicam o otimismo com a cultura.

Com a colheita já encerrada, a produção de soja foi estimada em 169,6 milhões de toneladas, um recorde na série histórica da Conab. O volume estimado é 21,9 milhões de toneladas superior ao registrado na safra anterior. O crescimento é atribuído às condições climáticas favoráveis em grande parte das regiões produtoras.

A estimativa da Conab para a produção de algodão é de 3,9 milhões de toneladas, 5,7% acima da safra passada. O avanço é impulsionado pelo aumento de 7,1% na área cultivada, apesar das chuvas irregulares, que até o momento resultam em produtividades inferiores às do ciclo anterior. A colheita já teve início, com 1,4% da área colhida até agora.

A produção de arroz deve atingir 12,15 milhões de toneladas, alta de 14,9% em relação ao ciclo anterior. A elevação reflete tanto o crescimento da área plantada quanto o clima mais favorável, sobretudo no Rio Grande do Sul, maior produtor do país, onde a colheita está praticamente finalizada.

Já o feijão, cultivado em três ciclos ao longo do ano, deve somar 3,17 milhões de toneladas, suficiente para abastecer o mercado interno. A primeira safra chegou a 1,1 milhão de toneladas. A segunda safra está em estágios de enchimento de grãos e maturação, com colheita em andamento em Estados como Paraná (98%) e Minas Gerais (74%). A terceira safra está em fase de plantio.

Plantio de trigo cresce

Entre as culturas de inverno, o trigo já foi semeado em 42% da área estimada. No Paraná, o plantio avança bem, atingindo 72% da área, índice alinhado à média dos últimos cinco anos.

Já no Rio Grande do Sul, onde está a principal área de produção, o avanço é mais lento, com 8% da área semeada, devido às chuvas frequentes e à baixa janela de tempo seco no fim de maio (Globo Rural, 12/6/25)

Fonte:Brasilagro.com.br

Soja: Em ano de safra recorde, BR embarca 11% mais do que em 2024 e 16% a mais do que a média no acumulado de 25

Preços seguem sustentados pela demanda forte, porém, produtor precisa estar atento ao custo do carrego e da quebra técnica de seu produto. Estratégia deve contabilizar, inclusive, possível venda agora da soja e alocação melhor dos recursos para o rendimento.

A soja brasileira continua sendo muito demandada e o mercado vem trazendo sinais importantes aos produtores. E como explica o diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira, o mercado não vem buscar o produto do Brasil somente pelas tarifas impostas sobre os EUA, “ele vem porque temos qualidade, sustentabilidade, disponibilidade, temos logística, tudo melhor e mais eficiente do que os norte-americanos”. 

Pereira detalha que o Brasil já contabiliza que já há cerca de 63 milhões de toneladas compromissadas com a exportação no acumulado de 2025, sendo este um recorde para o período, além de ser um volume maior em 11% se comparado ao do ano passado e 16% em relação à média dos últimos anos. 

Exportações de soja do BR
Gráfico: Pátria Agronegócios

“E estamos em linha estatística para ultrapassar as 110 milhões de toneladas de soja exportadas neste ano”, complementa o analista. Com esse número sendo atingido e somado a uma demanda interna de 58,4 milhões de toneladas, o Brasil poderia concluir o 2025 com estoques finais semelhantes ou até mesmo menores do que os de 2024. 

Neste cenário, o Brasil já tem pouco mais de 60% da soja 2024/25 já comercializada, com algo entre 67 e 68 milhões de toneladas ainda para ser vendida. Em números absolutos, o volume é elevado, porém, em percentual, o dado está também dentro da média. E as exportações e a demanda interna também são maiores do que as registradas no ano passado. 

Dessa forma, será importante que o sojicultor do Brasil refine suas estratégias comerciais para participar das oportunidades que o mercado vem oferecendo da melhor forma. No entanto, as atenções sobre o custo do carrego da soja, da armazenagem, da quebra técnica versus o custo do dinheiro precisam estar nestas estratégias para se defina o melhor caminho.  

Fonte: Notícias Agrícolas

Exportações do agro somam US$ 15,03 bilhões em abril

União Europeia amplia compra de produtos do agro

As exportações brasileiras do agronegócio alcançaram US$ 15,03 bilhões em abril de 2025, segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O montante representa um crescimento de 0,4% em relação ao mesmo mês de 2024, resultado da combinação entre valorização internacional de alguns produtos e leve retração no volume total embarcado.

A soja em grãos permaneceu como principal item da pauta exportadora, com 15,27 milhões de toneladas embarcadas — o segundo maior volume já registrado para o mês de abril. No entanto, o valor arrecadado com as exportações do grão totalizou US$ 5,9 bilhões, afetado pela queda de 9,7% no preço médio por tonelada.

“O desempenho da soja foi influenciado por preços internacionais mais baixos, apesar do forte volume exportado”, informou o Mapa. Em contrapartida, produtos como café verde e celulose tiveram papel relevante na sustentação da receita geral. O café verde alcançou US$ 1,25 bilhão, maior valor já registrado para abril, impulsionado pela valorização do grão no mercado externo.

A China permaneceu como principal destino dos produtos do agronegócio brasileiro, com US$ 5,5 bilhões em aquisições no mês, sendo mais de 75% desse valor oriundo das compras de soja. A União Europeia ocupou a segunda posição, com US$ 2,2 bilhões em importações, com destaque para itens de maior valor agregado, como café solúvel, óleo essencial de laranja e carne de frango.

Além dos produtos tradicionais, outros itens apresentaram desempenho recorde. O óleo de milho somou US$ 55,3 milhões em exportações, o maior valor já registrado. A madeira compensada alcançou 145,5 mil toneladas embarcadas, maior volume da série histórica para abril. As miudezas de carne bovina, com novos mercados como o Marrocos, atingiram 21,3 mil toneladas. O sebo bovino somou 35,6 mil toneladas exportadas. Já os bovinos vivos, voltados principalmente à reprodução, atingiram valor recorde de US$ 61,8 milhões, com destaque para a demanda da Turquia.

O Mapa afirma que, por meio da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, esses resultados refletem a política de fortalecimento da presença internacional do agro brasileiro. O desempenho de abril é fruto de um esforço conjunto entre o Mapa, MRE e o setor produtivo para consolidar o Brasil como fornecedor confiável de alimentos ao mundo.

Fonte: Agrolink.com.br

Mapa define calendário do vazio sanitário da soja para safra 2025/26

Em Roraima, período inicia em 19 de dezembro de 2025

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou nessa segunda-feira (5) a Portaria SDA/MAPA nº 1.271, que define os períodos de vazio sanitário e o calendário de semeadura da soja para a safra 2025/2026 em todo o país. A medida tem como objetivo reforçar o controle da ferrugem asiática, considerada a principal doença que afeta a cultura da soja no Brasil.

Em Roraima, o vazio sanitário foi estabelecido de 19 de dezembro de 2025 a 18 de março de 2026. Durante esse intervalo, fica proibido o cultivo e a manutenção de plantas vivas de soja em qualquer fase de desenvolvimento. A restrição busca impedir a sobrevivência do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática e identificado no estado em 2021, evitando a propagação da doença para a próxima safra.

Já o calendário de semeadura no estado foi fixado entre 19 de março e 26 de junho de 2026. O plantio fora desse período não será permitido, conforme determina a portaria.

A fiscalização ficará sob responsabilidade da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr) e da Superintendência Federal da Agricultura, que poderão aplicar sanções em casos de descumprimento. A íntegra da portaria está disponível na edição nº 82 do Diário Oficial da União.

Fonte:folhabv.com.br